domingo, 25 de dezembro de 2011

É NATAL DE JESUS! FESTA DE ALEGRIA, ESPERANÇA E LUZ

Natal do Senhor – Primeira leitura: IS 52,7-10 – Segunda leitura: Hb 1,1-6 – Evangelho: JO 1,1-18
O profeta Isaias, profeta da esperança, nos envolve agora em uma atmosfera de alegria. Em sua profecia, ele nos chama a olhar para os montes e enxergar a beleza dos pés daquele que vem anunciar a paz, pregar o bem e a salvação e instaurar o Reino. Os vigias de Israel outrora em tom de lamentação convidará o povo a olhar para os montes para ver os pés arrogantes do inimigo que os levaria ao mais longo exílio, são os mesmo que desperta o povo, para ver o Senhor que vem celebrar a paz. Portanto é hora de alegria, pois o Senhor vem para nos consolar e resgatar nossa dignidade humana. Deus que Fe várias formas revelou sua presença entre os homens, mas que agora dá ao homem a plenitude da revelação, não uma revelação transitória, mas definitiva. Deus que se revela plenamente na encarnação do seu Filho Jesus Cristo, esplendor de sua glória. Esse mesmo Deus, que na aliança do Sinai, celebrada com Moises, não lhe permite ver o seu rosto, agora revela para o homem o seu esplendor e a plenitude de sua divindade, não em Palavra tatuada na pedra, mas Na Palavra encarnada na nossa realidade. Palavra eterna que estava junto de Deus, Palavra que era Deus, Palavra da qual deriva tudo que existe, pois nada foi feito sem Ela. Agora na plenitude dos tempos a Palavra divina se fez carne, para redimir, restaurar e levar a plenitude nossa humanidade corrompida pelo pecado. Natal é tempo de esperança é festa de Luz. É o próprio Deus que na pessoa de seu Filho Jesus Cristo vem romper com as trevas que nos circundava. “E a luz brilha nas trevas e as trevas não conseguiram dominá-la”. Quão bela e profunda é a frase que se ouve na oração eucarística na vigília de natal: “o céu e a terra trocam seus dons”. Deus que por sua misericórdia entrou no redil da humanidade pela porta da encarnação, tem agora junto de si no céu, na sua luz que até então era intransitável por nós, a nossa frágil humanidade. O céu e a terra agora se conhecem, como num perfeito casamento, o humano e o divino habitam a mesma tenda. É interessante como se celebrava o casamento no antigo Israel. A filha mulher, ganhava do seu pai ao nascer uma tenda com herança, era tudo que ela tinha. No dia do casamento, o varão que a tinha escolhido para sua esposa, entrava em sua tenda e ali a desposava. Foi o que aconteceu com Rebeca, quando ela foi escolhida para casar com Isaac filho de Abraão, não podendo ela levar sua tenda na longa viajem que fez, ganhou de presente a tenda que era de Sara, sua sogra. O texto sagrado afirma que Isaac introduziu Rebeca na tenda que era de Sara sua mãe, e ela tornou-se sua esposa muito amada. É desse ato de entrar na tenda, que vem para a nossa língua o verbo “entender”. O divino entendeu-se com o humano. O Verbo de Deus se fez carne, ou seja, armou sua tenda entre nós, entrou na tenda humana, de fato contemplamos a sua glória, Aleluia!

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