sexta-feira, 28 de junho de 2013

SE QUERES PODE ME PURIFICAR

Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou para servir de testemunho para eles”.
O episodio da purificação do leproso é providencial para esse momento. Jesus desce do monte das oliveiras, onde por dias ensina a multidão sua doutrina. Doutrina que não tira a validade da Lei, mas como ele ensina Leva a Lei a perfeição. O próprio Jesus disse no sermão da montanha: “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los as perfeição”. Uma multidão o seguia, após a descida do monte, mas um leproso se destaca nesse cenário; “ele aproximou-se de joelhos diante dele”. Cena terminantemente proibida pela lei, que só permitia aos doentes atingidos pela lepra uma aproximação mínina de duzentos metros, tendo essa distancia desobedecida, o mesmo poderia ser punido com a morte. Jesus não só permitiu que ele o acompanhasse com toda multidão que o seguia, mas toca em sua pele carcomida pela doença manifestando o desejo de purificá-lo da doença. Jesus passa do discurso para a ação, da teoria para a prática. Jesus, com essa atitude de tocar no homem doente, ultrapassa a expectativa do mesmo, que queria somente a purificação. Ao tocar na ferida do homem Jesus, assume o risco de se contaminar pela doença, ou seja, coloca sua vida em risco para salva quem dele tinha necessidade. Jesus deixa bem claro que a vontade de Deus e a salvação do homem e a lei deve está a serviço dessa salvação. A encarnação do Verbo de Deus no seio da Virgem Maria, por si só já diz desse desejo de Deus de romper distancia. O próprio Deus se fez humano, sujeito a nossa fragilidade e por meio da doação de sua vida no altar da cruz, purificar-nos de todo pecado. Não se pode deixar de destacar a atitude do homem doente. Ele como bom judeu era observador da Lei, foi nela educado e educado para obedecê-la de formar irrestrita. Acontece que diante de sua doença ele reconhece a fragilidade da lei para responder sua necessidade de salvação. Ele reconhece que só Jesus tem o poder de purificá-lo, rompe com a prática da lei e ousadamente aproxima-se de Jesus. Ele rompe com um sistema que o segregava, que o mantinha doente e distante da cura. Só Jesus tem o poder de nos purificar! Reconhecer isso deve ser o motivador para rompermos com o pecado que nos escraviza. A mão de Jesus está sempre estendida e pronta para tocar e cicatrizar as feridas de nosso coração, ele é manso e humilde de coração, ou seja, permite-nos aproximar dele ao ponto de tomar sobre si nossos pecados e na Cruz se oferecer como vítima de expiação por nós.

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