quarta-feira, 19 de junho de 2013

Curados pelo Espírito Santo

Este é nome do nosso encontro anual de cura e também o lema do encontro nesse ano. Todas as pregações que ouvimos até agora, deram enfoque a água, que na bíblia e símbolo do Espírito Santo. Eu não poderia fugir ao direcionamento que o Espírito Santo nos deu para esse encontro, por esse motivo continuarei falando da água, símbolo do Espírito Santo. Espírito que derramado em nossos restaura todo nosso ser devolvendo-nos a originalidade perdida com o pecado. Não custa nada retomar aqui a já conhecida passagem do livro do Gênesis 1,2, quando o espírito repousa sobre a terra informe e envolta pelas trevas, fazendo gerar o cosmo. Nessa pregação vamos percorrer o itinerário de cura, caminho feito por Jesus para cura o coração ferido da mulher samaritana. Jesus podia voltar para Galiléia sem passar por Samaria, bastava ele passa pelo vale do Jordão, que era o caminho curto e por isso menos cansativo. Mas o capítulo 4,4, narra que “Jesus devia passar por Samaria.” A bíblia TEB fala que era “preciso” erra uma necessidade que Jesus tinha de passar por Samaria. “Chegou, pois a uma localidade da Samaria, chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. Ali havia o poço de Jacó. E Jesus fadigado da viajem, sentou-se a beira do poço. Era por volta do meio dia.” (JO 4,5-6). Esses dois versículos são muito esclarecedores para nós nessa tarde, pois mostra-nos entre tantas funções de um poço, lugar onde o homem fadigado de seu caminhar, encontrava repouso e água para matar sua sede. Ou seja, era como o Box de uma corrida de formula um, onde o piloto para, abastece seu carro, troca os pneus, e volta para pista. O poço para o povo de Israel era um lugar sagrado, por ser uma terra árida; eles perfuravam poços com mais de trinta metros de fundura, eram geralmente bem protegido. A beira do poço era onde a comunidade reunia para discutir. (EX 2,16) Lugar onde se escutava música. (JZ 5,11) Era um lugar de intensa vida comunitária. Vamos voltar a uma frase do verso cinco, “Era por volta do meio dia”. Engraçado que eu sempre entendi esse “meio dia” como o horário em que a samaritana foi ao poço buscar água, mas na verdade ele está ligado ao horário em que Jesus chega ao poço. Meio dia! Quando Jesus chega é hora de plena luz, naquele momento passa a não existir vestígios de sombra. A luz do meio dia chega para iluminar a vida de todos que se aproximassem do poço para serem restaurados de sua fadiga. Meio dia, significa que Jesus o Sol de Deus profetizado por Malaquias, estava no centro e com os seus raios de misericórdia desejava curar o coração ferido de todos os caminhantes que dele se aproximassem. Jesus está aqui em nosso meio, ao mesmo tempo em que ele é o sol de Deus que traz cura nos seus raios, ele é o verdadeiro poço de Jacó. Ele tem em si a verdadeira água vivificadora que tanto foi falado nesse dia de hoje. Jesus está aqui para curar e restaurar todos os que como a mulher samaritana aproximarem-se dele. “Veio uma mulher da Samaria buscar água. Pediu-lhe Jesus dá-me de beber.” (V 7) Pela resposta dada a Jesus pela mulher, pode-se perceber o vazio que se encontrava o seu coração. Servir água a um caminhante fadigado era um ato de gentileza, era uma prática fraterna tão comum naquela região, onde as distancias eram longas e água escassa.. Ao negar água a Jesus, aquela mulher recusa a graça que Jesus lhe oferece ao pedir. Precisamos estar atentos a isso, mesmo quando o Senhor nos pede alguma coisa é apenas para multiplicar a graça para nós. Vale aqui recordar um fato semelhante a esse, acontecido em Hur da Caldeia, quando Heliezer, escravo de Abraão foi procura um noiva para Isaac. Heliezer aproxima-se de Rebeca, junto a fonte de água e lhe faz o mesmo pedido: “dá-me de beber.” Ela prontamente serviu o escravo como também os seu camelos. Como recompensa recebeu braceletes e brincos de ouro e foi aceita como esposa do herdeiro de Abraão. Atender ao pedido do Senhor Jesus nesse dia significa abrir o coração para que ele possa derramar em você a riqueza de sua graça. Meu irmão (ã) nada do que você possa oferecer ao Senhor nessa tarde aumentara a sua gloria e sua grandeza, nem o que você negar a ele diminuirá sua gloria, mas o que você dá ao Senhor, com certeza, contribuirá para sua cura e salvação. É também preciso entender que a negativa daquela mulher, revela muito mais a ferida que ela trazia em seu coração, do que a recusa em atender ao Senhor. Isso fica claro, ela nega, mas acolhe Jesus, ou seja, ela si dispõe a dialogar com ele. Vamos conhecer um pouco da realidade da samaritana, assim também conheceremos um pouco de nós. No final do reinado de Salomão, houve uma divisão do reino de Israel, provocado por dois irmãos, filhos de Salomão: Roboão, que tinha direita a sucessão e Jereboão, que aproveitando a insatisfação do povo, insurgiu a revolta, ficando com onze tribos do norte sobre o seu reinado, e isolando a tribo de Judá, que era a dinastia de Davi. Os do sul, da dinastia de Davi, não reconheciam o reino do norte. O reino do norte para se fortalecer, proibiu que os seus súditos fossem a Jerusalém para adorar a Deus e construíram um templo no monte Garizim. Os judeus passaram a considerar os samaritanos como povo impuro, porque tinham se misturado a outras raças, eram chamados de cães, não podia a um judeu comer na Samaria. Os samaritanos sentiam se excluídos e cheios de complexos diante dos judeus, que os humilhava, com nomes e frases depreciativas. Sentindo-se rejeitados por Judá os samaritanos se tornaram um povo sem referencia religiosa, cada rei que chegava ao trono, construía um templo a um deus diferente, na verdade os cinco maridos a que se refere Jesus, são os cinco deuses que os samaritanos adoravam, quando Jesus fala do sexto marido ele se referia ao número seis, que significava o numero do imperfeito. Personificando essa mulher, vamos melhor entender sua feridas. Uma mulher que tinha um profundo sentimento de rejeição, por parte da sociedade e também da comunidade religiosa. Tinha tido cinco maridos, ou seja, ela não tinha uma referencia, não tinha um porto seguro para ancorar seu coração. Isso também acontece com cada hum de nós. Na vida espiritual, quando perdemos a referencia que é o Senhor Jesus, começamos a colecionar “maridos”, no templo do nosso coração a lugar pra edificar os deuses fabricados pela frustração humana. Quando não nos deixamos amar por Deus, sempre estaremos recorrendo ao poço de Jacó, bebendo de uma água incapaz de nos saciar. Olha bem o que diz Jesus para aquela mulher, apontando seu dedo para o poço: “todo aquele que beber dessa água, tornará a ter sede” (13). Por mais que se insista com essa água parada e estagnada do poço de Jacó jamais seremos saciados. Pelo contrário, se alastrará mais nossa ferida. Se você tem uma ferida e lava ela com água suja, com certeza ela tende a inflar mais ainda. Meu irmão (ã) Jesus tem uma proposta pra você hoje, a mesma que ele fez aquela mulher sedenta de amor, necessidade de cura: “Se conhecesses o dom de Deus e quem é que ti diz: Dá-me de beber, certamente tu mesma e lhe darias uma água viva.” (10). Jesus está lhe propondo dá a água viva, água do Espírito, Espírito Santo que sacia sua sede de amor e revigora suas forças para continuar fazendo caminho, na direção do céu. Jesus é o verdadeiro poço de Jacó. É do coração de Jesus que nasce a fonte maravilhosa, só Ele tem essa água com propriedades terapêuticas, capaz de atender plenamente a necessidade humana. Jesus está aqui tão presente como estava no templo em Jerusalém, na festa das semanas, quando no dia da celebração das águas ele no púlpito central apontava para seu peito e CLAMAVA: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba” (JO 7,37). Jesus é o verdadeiro Rochedo do Horeb, os Israelitas saídos do Egito, estavam extenuados de sede, não havendo sinal de água eles se revoltaram contra Moises, esse acuado pelo povo sedento clamou a Javé, que lhe deu a seguinte ordem: “Fere com teu cajado essa rocha, e dela brotará água para o povo” Moises assim o fez, e diz a tradição judaica que essa água acompanhou o povo pelo deserto até a entrada da terra prometida. Jesus é o verdadeiro Rochedo, porque é do seu flanco aberto pela lança do soldado na cruz, que jorra para a igreja a graça de um continuo pentecoste. É do lado aberto de Jesus na cruz e flui na direção de cada um aqui nessa tarde o dom do Espírito para nossa cura e para nossa libertação. Quando Jesus propôs a samaritana dar-lhe uma água viva, ela não hesitou em responder: “Senhor, dá-me dessa água, para eu já não ter sede nem vir aqui tira-la!” (15) Vamos então ficar de pé e pedir ao Senhor Jesus essa água que cura, vamos pedir ao Senhor o derramamento do Espírito em nos...

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