quinta-feira, 19 de março de 2015

VIVENDO E APRENDENDO

Hoje eu fui a Ravena, bairro do município de Sabará, cidade da grande BH. Nesse local a Comunidade Católica Reviver tem um sítio, onde pretendemos iniciar em breve a construção de uma casa de formação. Antes mesmo de iniciar a obra, eu tive uma bela aula de formação hoje. Eu estava colhendo acerola, os pés de acerola estavam lindos, o verde das folhas e o vermelho das frutas maduras davam um contraste maravilhoso de se ver. Em um pé de acerola eu tive uma grande dificuldade, pois debaixo do galho que estava mais carregado de frutos graúdos e maduros tinha plantada uma moita de hortelã, essa por sua vez exalava um aroma agradável. Como se diz na gíria eu fiquei em uma sinuca de bico, pois para eu colher as acerolas do galho eu tinha que sacrificar a moita de hortelã, tinha que pisar em cima da folhagem, se eu quisesse proteger a hortelã eu iria perder as acerolas. Foi então que tive uma idéia: vou tirar as sandálias e pisar descalço sobre as folhas, assim eu as prejudico menos, assim resolvi proceder. Quando eu estava pisado sobre a moita, percebi que o aroma se evidenciou mais ainda, olhei para baixo e vi que algumas folhas já estavam esmagadas sobre meus pés. Quando acabei a colheita, fui para meu carro, tirei novamente a sandália, pois tenho o hábito de dirigir descalço, liguei o carro e peguei o caminho para casa. A poucos metros já comecei a sentir o aroma de hortelã dentro do carro, que aroma gostoso! Eu fechei as janelas do carro porque eu não queria que aquela fragrância desaparecesse com o vento da estrada. Pra falar à verdade o que eu queria era estacionar o carro numa sombra e dormir embalado por aquele perfume relaxante. Foi ai que me pus a pensar: esse cheiro gostoso e relaxante custou à vida de muitas folhas de hortelã que foram esmagadas pelos meus pés. Feri a hortelã e ela ainda perfuma meu ambiente. Viajei 30 quilômetros, ainda cheguei ao meu destino com perfume nos pés. A grande lição foi quando olhei para o meu coração, para minha história, para os acontecimentos que deixaram ferida no meu coração e percebi o quanto eu ainda precisava liberar o perdão, mas o perdão tinha que ser diferente, tinha que ser o “perdão com aroma de hortelã”. Aprendi um belo conceito sobre o perdão: O perdão nada mais é do que a hortelã que derrama sua fragrância sobre os pés que a esmaga. E você, já perfumou os pés de quem te feriu hoje? Perdoar e nobre, por isso é um dom do céu! Vitório Evangelista Chaves.

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