quarta-feira, 9 de novembro de 2011

RECORDAÇÃO

Recordação

Esse dia me trás muitas recordações, aliás, não me trás muitas recordações e sim muita recordação, pois nada foi tão marcante do que nascimento de Gislene Lopes Chaves, em dez de novembro de 1980. Esse foi o dia do seu nascimento minha filha! Foi o dia em que me tornei pai de maneira audível, visível e sensível, pois pude ouvir teu choro, ver teu rosto e sentir seu cheiro e a suavidade de sua pele.
Lembro-me bem quando cheguei à maternidade Frederico Ozanan para poder te ver pela primeira vez. Quando a enfermeira do berçário com você no colo e voltando para mim, disse: “essa é sua filha”. Meu coração quase parou de tanta emoção, fiz cara de choro, esbocei sorriso, coloquei a mão no queixo e confesso, não sabia o que falar.
Se mil vezes eu nascesse, mil vezes eu queria ser pai, pois sem dúvida essa é a experiência mais bela que o homem pode fazer, (minha opinião). Agora ser pai de uma filha como você é um dom especial de Deus. Quando eu te vi pela primeira vez, seu rosto irradiava luz, no silencio em que eu me encontrava e com o olhar cravado em você, eu dizia com a voz do coração: “meu Deus, eu sou pai da menina mais linda do mundo”. Linda no exterior e linda no interior.
Confesso que aos 18 anos de idade eu não tinha nenhuma experiência para educar uma filha, mas você foi me ensinando a abrir mão de tantas coisas ilusórias para que eu pudesse me dedicar a você. Sabe minha filha sei que não fui o pai que você merecia ter, tenho consciência que meu amor não atendeu a sua expectativa em vários momentos, mas sei que eu te amo com toda minha capacidade de amar e não hesitaria em abrir mão de minha vida para vê-la feliz.
Ver você completar 31 anos hoje, é para mim uma dádiva de Deus. Se eu for contar às vezes que tive que chamar sua atenção, ou corrigir, não dá pra encher os dedos de uma mão. Você como raras pessoas que eu vi na vida, soube ser filha, irmã e mãe. Mãe não somente do Guilherme, (maior presente que você me deu) mas mãe dos seus irmãos. Não sei se você se recorda de quando você veio falar comigo que estava grávida, eu lhe respondi: “se você for para seu filho a metade de mãe que você é para seus irmãos ele será o filho mais feliz do mundo. E não deu outra, ele é mesmo!
Com esse texto minha filha eu quero lhe desejar um feliz aniversário, que o Deus de infinita bondade, que me deu a graça de ser seu pai, te abençoe, cumule sua vida de realizações e faça acontecer os desejos mais prementes de seu coração.
Você me conhece bem, sabe que cara a cara, olho no olho, eu começaria a chorar e não conseguiria lhe dizer tudo o que eu quero dizer, aliás, nem escrevendo aqui eu dou conta, só Deus sabe o esforço que fiz para embargar as lágrimas, e quando não consegui, perdi a conta de quantas vezes esfreguei os olhos.
Para terminar, eu peço licença ao poeta para lhe dizer o que sinto: “Eu tenho tanto pra te falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você”!
10 de novembro de 2011.

Vitório Evangelista Chaves.

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